*Vendo a Morte / Manuel Laranjeira - Pt*
Colaboração do primíssimo Escritor José Fabiano, mineiro residente em Faro - Pt:
Do livro "SUICIDAS" Antologia de Escritores Suicidas Portugueses, de Pablo Javier Pérez López, que se ocupa dos poetas Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Manuel Laranjeira, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca e Barão de Teive, transcrevo o soneto "Vendo a Morte", de Manuel Laranjeira (1877-1912):
Em tudo vejo a morte! e, assim, ao verque a vida já vem morta cruelmentelogo ao surgir, começo a comprendercomo a vida se vive inutilmente...Debalde (como um náufrago que sente,vendo a morte, mais fúria de viver)estendo os olhos mais avidamentee as mãos prà vida... e ponho-me a morrer.A morte! sempre a morte! em tudo a vejotudo ma lembra! e invade-me o desejode viver toda a vida que perdi...E não me assusta a morte! Só me assustater tido tanta fé na vida injusta... e não saber sequer para que a vivi!*
Primo Antonio:
ResponderExcluirVocê sempre generoso!
Obrigado por me ajudar a divulgar a boa poesia, aquela que se lê e que se entende.